RELATO - ATIVIDADES COMPLEMENTARES DO MÓDULO 5
ALUNO: LUCIENE HELOÍSA ANDRÉ
TUTOR: PROFª DEISE FUKUOKA
TURMA: 00224 - LICENCIATURA EM PEDAGOGIA UNICID SP
MÓDULO: 5 DATA DE ENTREGA: ____/____/____
CONFERÊNCIA: QUALIDADE EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CONFERENCISTA: PROF. JAIRO JORGE DA SILVA
MINISTRO INTERINO DA EDUCAÇÃO E SECRETÁRIO ADJUNTO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ENTREVISTA: ELENISE ROSSETO (JORNALISTA)
Como a Educação a distância pode contribuir para a melhoria da educação no Brasil?
Um dos principais desafios para educação no Brasil do século XXI é melhorar a capacidade de produzir conhecimento, ciência e tecnologia, investindo na produção científica, que hoje compreende 1,8% de todo o percentual mundial, colocando o Brasil na 15ª posição. Para tal, é preciso disponibilizar maior aplicação de recursos na educação, impulsionando, desta forma, o aumento do grau de escolaridade da população, cuja média não ultrapassa 3 anos entre os 20% considerados mais pobres e 10 anos, entre os 20% considerados mais ricos, um baixíssimo índice, se comparado à Coréia, por exemplo, um país relativamente pequeno, que possui aproximadamente 40 milhões de habitantes, mas que de 1981 para cá teve um salto de 0,05% para 2,4% na produção científica , passando a ocupar o 17º lugar no ranking mundial, em função do investimento na educação cujo número de alunos no ensino superior passou de 8.000 para 3,5 milhões de universitários neste período, comprovando que a elevação do capital humano está diretamente relacionado ao investimento na educação, afirma o professor Jairo Jorge.
E quais são as providências que estão sendo tomadas para se alcançar este patamar?
- Uma estratégia para elevar esse nível é garantir financiamento para a Educação. A Fundep, por exemplo, é uma entidade de direito privado sem fins lucrativos, reconhecida como fundação de apoio universitário, que tem por finalidade principal apoiar as atividades de pesquisa, ensino, extensão e desenvolvimento tecnológico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e oferecer soluções em gestão de projetos para entidades públicas, empresas, indústrias e do terceiro setor.
- O Combate a Assimetria no índice de escolaridade que, em certas regiões do nordeste como, por exemplo, a Bahia, cujo índice de repetência chega a 31%, diferentemente de São Paulo que estima-se em 6%, também precisa ser efetivo.
- A democratização do ensino é um outro fator que contribui diretamente no aumento do grau de escolarida e o EAD tem contribuído bastante neste aspecto, abrangendo populações de regiões distantes e de difícil acesso à rede de ensino, cujas condições econômicas são pouco favoráveis.
- Investimento na qualidade (capacitação, treinamento e educação continuada de profissionais).
- aplicação de instrumentos que permitam avaliar os conteúdos e os métodos de aprendizagem, tais como, Prova Brasil (avaliação das turmas de 4ª e 8ª séries), os SINAIS (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) conforme os três pilares:
- ENADE – avaliação tanto dos alunos que estão ingressando quanto dos que estão saindo das universidades;
- Avaliação Institucional: avaliação da instituição quanto à responsabilidade social e preocupação com o desenvolvimento regional;
- Avaliação do Curso: estrutura, laboratórios, inteligência educacional, corpo docente, dentre outros.
Uma outra medida foi a adoção da primeira Reforma Democrática da Educação Superior implementada pelo MEC, que tem por finalidade estabelecer mecanismos de avaliação que possibilitam a geração e análise de indicadores que permitem o estabelecimento de padrões mínimos de qualidade, resultando numa regulação, que é papel do Estado, implicando no crescimento da Educação Superior. Tais critérios são definidos por uma Comissão Independente e Autônoma, que visa colocar a Universidade no centro do desenvolvimento regional, promovendo a integração entre trabalhadores, sociedade e setor empresarial na busca pela produção do conhecimento.
A “republicanização” da universidade sem que se perca sua autonomia científica e didática, proporcionando a ampliação da oferta de cursos também é indispensável e, por fim, a instituição de um marco regulatório, com base em documentos legais que são discutidos por deputados e senadores representantes dos anseios da sociedade. Taispolíticas é que garantem os padrões de qualidade, acrescenta.
E como a Educação a distância pode contribuir para a melhoria da educação no Brasil?
A educação a distância tornou-se uma exigência e necessita avançar rapidamente frente ao crescimento populacional que já está em mais de 170 milhões de habitantes. O EAD permite a democratização do acesso que agrega perfeitamente elementos tradicionais do ensino aos inovadores, ou seja, livros, aula, vídeo aula, internet e satélite, são bases substanciais para este método educativo que aproxima educação e tecnologia. O IESDE, por exemplo, referencial em inteligência educacional, que ao atender requisitos básicos como um bom tutor, mediação nas turmas (número de alunos por turma), tecnologia e vídeo aulas, material didádico de boa qualidade, enfim, todo investimento na educação e nos profissionais, sem se preocupar apenas com a sustentabilidade, tem demonstrado grande preocupação frente a esse desafio nacional, acabando por garantir a qualidade que se deseja e, são estes diferenciais, formação e valorização do professor, educação continuada e qualificação por meio da tecnologia, associados à difusão da modalidade que deve ser promovida por meio de debates apontando qualidades e mostrando a importância da inclusão, é que romperão as barreiras da discriminação frente a esta modalidade, não só da educação que por si só já é conservadora, bem como dos educadores que necessitam de esclarecimentos para se convencerem da idoneidade do método e da própria sociedade como um todo. É desta maneira que a educação a distância pode contribuir sim para a melhoria da educação no Brasil, conclui o professor Jairo Jorge da Silva, Ministro Interino da Educação e Secretário Executivo Adjunto do Ministério da Educação.
Saiba mais sobre Jairo Jorge
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